quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

E aí, me enchi de coragem e...

Assim começava a frase que ouvi numa das filas freqüentadas. Sua autora a pronunciou no meio de um diálogo com sua acompanhante. Eu nada sabia e nada fiquei sabendo sobre o desfecho da conversa; pois, a partir daquele momento, iniciei uma conversa comigo mesmo e o assunto não poderia ser outro que não o que acabara de ouvir, pronunciado ali, na minha frente, em alto e bom som: CORAGEM e o seu maior adversário, talvez o único, o MEDO.

Minha conversa mental me transportou para uma época em que ter CORAGEM era voz corrente entre todos nós. Vivíamos cheios de sonhos, vontades e idéias . Éramos como Don Quixote, o cavaleiro errante das paragens espanholas, que em busca de um sonho, transformou cada moinho em um inimigo a ser combatido e vencido. Como Colombo, que sonhou um Novo Mundo e descobriu a América. Como Alexandre, Napoleão, Julio César, Aníbal e outros tantos conquistadores, que desconheciam o significado da palavra MEDO enquanto que a CORAGEM era um componente vital de suas vidas que os levou a vitórias que deixaram marcas indeléveis na história da Humanidade.


Onde está a CORAGEM de ontem? O que a fez ser substituída pelo MEDO de hoje? Teria sido a nossa fragilidade como seres humanos vivendo como animais nessa selva urbana chamada cidade ? Teriam sido nossas inquietações provocadas pela globalização predatória ? Teria sido a sucessão de guerras que se fazem em nome de Deus por este mundo afora? Teria sido a insegurança que nos assalta a cada esquina ? Teria sido a constante mudança (mesmo porque, só a mudança é constante) em nossa sociedade, renovando valores, destruindo dogmas, revisando ídolos, recriando modas e redefinindo verdades a todo instante? Afinal, o que nos torna, a cada dia que passa, menos corajosos, menos ousados, menos SONHADORES?

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Não podemos deixar o medo se apossar de nossos pensamentos, de nossos atos, de nossos sonhos. O medo é como um gás entorpecente, que, mesmo quando inalado em pequenas proporções possui um efeito imperceptível, porém devastador em nossa vida e quanto mais o inalamos, mais nos contaminamos e, quando menos esperamos, voilá, eis que nos encontramos, prostrados, dependentes e paralisados, com medo de tudo e de todos.

Medo de tomar decisões, medo de assumir compromissos, medo de enfrentar responsabilidades, medo do NOVO, do DESCONHECIDO, medo de MUDAR, por que toda mudança implica em quebrar a "casca do ovo", significa sair da "zona de conforto", compreende em romper o "casulo" e voar em direção a uma nova vida, novas experiências e, acima de tudo, conviver com novos comprometimentos conosco mesmo.


Não há outra maneira de enfrentarmos este medo senão criando coragem e "encher-se de coragem" é, sem dúvida, manter-se otimista frente às vicissitudes da vida, com a certeza de que mesmo nos momentos mais angustiantes há um Deus, supremo e dono de todas as coisas, ao qual você poderá recorrer, para que Ele lhe dê, como deu a Salomão, a Sabedoria necessária para você decidir por quais caminhos conduzirá seus passos, edificará sua vida, construirá sua carreira, tornando a sua existência algo mais que uma simples "passagem por aqui". Tornando-a uma verdadeira obra de Deus.


Por isso, faça como nossa amiga citada no início, encha-se de CORAGEM. Inicie hoje ainda uma viagem interior, descubra quais as razões dos seus medos e de suas desculpas para não realizar isto ou aquilo, identifique suas barreiras, seus temores, seus fantasmas, e substitua-os pelos seus sonhos, suas visões, seus planos e sua vontade de vencer.


Defina suas metas e inicie uma nova jornada em busca de um outro EU. o EU vencedor que você tem dentro de si.