quinta-feira, 24 de março de 2011

Dia Mundial de Combate a Tuberculose 24 de Março

Bom dia meus queridos amigos,hoje enquanto me preparava para mais um dia de trabalho,assisti esta matéria no Programa Mais Voce e como hoje o Dia Mundial de combate a Tuberculose,e bom estarmos mais informados sobre o assunto.O Dia Mundial da Tuberculose foi lançado, em 1982, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra Tuberculose e Doenças Pulmonares.

A data foi uma homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882, pelo médico Robert Koch. Este foi um grande passo na luta pelo controle e eliminação da doença que, na época, vitimou grande parcela da população mundial e hoje persiste com 8 milhões de doentes e 3 milhões de mortes anuais.

No Brasil, são 50 milhões de infectados e uma média anual de aproximadamente 100 mil casos novos e 6 mil óbitos pela enfermidade. Cada paciente pulmonar bacilífero (BK+), se não tratado, pode infectar em média 10 a 15 pessoas por ano. A tuberculose infecta pessoas em todos os países do mundo, tanto ricos como pobres. Contudo, a pobreza, desnutrição, más condições sanitárias e alta densidade populacional são fatores que contribuem para a disseminação da doença.

Nos últimos anos, o Brasil e o mundo vêm ampliando esforços para o controle da tuberculose, que continua sendo um grande problema de saúde pública, essencialmente em função do aparecimento da Aids, do aumento do processo migratório e da pobreza. Os índices da doença, que diminuíam gradativamente na década de 80, voltaram a crescer nos anos 90, associados ao também risco de aparecimento de bacilos resistentes.

SINTOMAS

Emagrecimento, canseira, febre baixa no final do dia, suor à noite e tosse com expectoração são os sintomas da Tuberculose. Podem também existir gânglios no pescoço. A Tuberculose não pode ser detectada somente por um exame físico. Se confundida com uma gripe, por exemplo, vai evoluir durante 3 a 4 meses sem que a pessoa infectada saiba, ao mesmo tempo em que transmite a doença para outras pessoas

Fonte: Pneumologia Sanitária do Ministério da Saúde



Nesta quinta, 24 de março, o SOS Mais Você falou da tuberculose, um inimigo que vem pelo ar e a cada ano no Brasil infecta 72 mil pessoas e mata 4,8 mil. Dr. Guilherme Furtado alertou sobre os riscos e a prevenção desta doença silenciosa cujo principal sintoma é a tosse constante por mais de três semanas. “Hoje o Ministério da Saúde controla o paciente. Você recebe a quantidade suficiente de remédios por etapas. O controle é maravilhoso”, disse o médico sobre o tratamento, que dura 6 meses.
Ainda há quem pense que a tuberculose é um mal que atingia somente poetas, boêmios e apaixonados de séculos atrás. Dr. Guilherme explicou que, antigamente, os pacientes procuravam passar dias nas montanhas para se curar. “O bacilo se instala nos alvéolos, dentro dos pulmões. Para poder se replicar e crescer, eles precisam de muito oxigênio”, explicou. “Por isso, os doentes procuravam ar rarefeito, ou seja, ar com menor oxigenação”, disse. Mas esta doença infecciosa ainda ronda nossa população.
O cálculo do Ministério da Saúde é de que existam mais de 57 milhões de pessoas infectadas no Brasil. O bacilo da tuberculose está mais vivo do que nunca e poucos sabem disso. O Rio de Janeiro é a cidade com o maior número de casos: 5.500 mil por ano.  Andréa Figueiredo achava que esta era uma doença extinta, até que em dezembro ela começou a sentir os primeiros sintomas: cansaço, desânimo, febre e muita tosse. Então veio o diagnóstico e ela descobriu a infecção. “Nunca imaginei que teria tuberculose”, disse Andréa.
O exame do catarro (baciloscopia) responde se a pessoa está ou não doente. A tuberculose tem cura, desde que o tratamento seja correto. Este dura seis meses, em média, é gratuito e os remédios são fornecidos pelo serviço de saúde. Todas as pessoas com quem o doente convive mais devem fazer o exame. A solidariedade da família e dos amigos ajuda a agüentar o tratamento até o final. “Se tenho na minha família alguém que tenha tido tuberculose, há mais chances de familiares adquirirem a doença. Para prevenir, é preciso fazer o raio-x do tórax e o exame do catarro”, disse Dr. Guilherme.
O sucesso do tratamento depende de outros fatores, como a qualidade da assistência prestada ao paciente. Além disso, o doente deve tomar os medicamentos corretamente e não pode faltar às consultas nas datas agendadas. É altamente recomendado o tratamento supervisionado. A luta contra a tuberculose é do interesse de todos. Quanto menos pessoas doentes, menos contaminação do ar e menos transmissão dos bacilos.
Como se prevenir?
Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças de até 4 anos, obrigatoriamente as menores de 1 ano, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de  AIDS não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados. A tuberculose é transmitida, de pessoa para pessoa, pelo ar. Quando o doente tosse, fala ou espirra lança gotículas no ar contendo bacilos. Esses bacilos se soltam das gotículas e se espalham no ambiente. Então, pela respiração, os bacilos podem chegar aos pulmões das pessoas que convivem com o doente. Dr. Guilherme explicou que as gotículas com os bacilos da tuberculose liberadas pelo doente podem ficar suspensas no ar e assim viáveis de serem contraídas por alguém até 24 horas.
Dentro de um avião, onde não existe 100% de oxigenação, a ventilação é peculiar e não tem entrada da luz do sol. Se uma pessoa com a doença tossir ou espirrar, pode infectar pessoas até 3 fileiras a frente e 3 fileiras atrás. O mesmo cuidado deve ser tomado em metrô e ônibus com ar condicionado, visto que esses dois tipos de transporte não são ambientes arejados.  Vale lembrar que quanto mais próxima a pessoa estiver do doente, quanto mais fechado for o lugar e quanto menor for a imunidade dela, maior é a chance dela ser infectada.
Por isso, não se pega tuberculose pelo sangue, pela saliva ou por secreções sexuais. Só pela respiração.  Também não se pega tuberculose usando os mesmos pratos, talheres, roupas de cama, toalhas e vaso sanitário que a pessoa doente usa.  Somente pessoas com tuberculose nas vias aéreas (pulmão e laringe) transmitem a doença. Depois que uma pessoa com tuberculose começa o tratamento, aos poucos vai diminuindo o risco de contágio, até que depois de 15 a 30 dias, acaba o risco de transmissão. É o médico, através do exame do escarro, que diz se a doença ainda pode ser transmitida ou não.
O que acontece quando o bacilo da tuberculose entra em contato com o organismo?
Dependendo da resistência da pessoa, ela pode adoecer ou não:
- o bacilo pode se instalar no pulmão e desenvolver a doença.
- pode passar pelo pulmão e instalar-se em outra parte do corpo.
- às vezes o bacilo fica incubado durante algum tempo e depois a pessoa desenvolve a doença.
Um doente pode contaminar de 10 a 15 pessoas por ano com quem ele tenha tido contato direto e permanente. Muitas pessoas, apesar do contato com o bacilo, não desenvolverão a doença.
Sobre a vacina BCG
A vacina BCG é aplicada no Brasil desde 1972 para crianças com mais de 2 kg. 100% da população recém-nascida é coberta e isso dá ao nosso país uma peculiaridade especial, já que a BCG protege de maneira eficaz e duradoura. Porém, a vacina não protege contra a forma de transmissão direta da doença (contato direto).  A vacina protege apenas contra as formas disseminadas da doença, ou seja, contra as formas de meningite por tuberculose.
Tratamento supervisionado
O tratamento da tuberculose é oferecido pelo sistema único de saúde (SUS) sem custo para o paciente.  Quando realizado corretamente, nos pacientes que adoecem pela primeira vez, a cura é praticamente de 100%.
Novo tratamento
Desde o final de 2009, o Brasil adota um novo esquema terapêutico para tratar a doença. O esquema anterior era composto de três drogas e o paciente era obrigado a tomar até nove comprimidos e cápsulas diariamente.  Com o esquema anteriormente utilizado, 9,4% dos casos abandonavam o tratamento.  Com os novos comprimidos, espera-se reduzir a taxa de abandono para menos de 5%, parâmetro usado pela OMS