terça-feira, 1 de março de 2011

 A presidente Dilma Rousseff elogiou nesta terça-feira (1º) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que nem sentiu passar os 60 dias de seu governo, mas admitiu que estar no cargo é um grande desafio, “como se todos os dias tivesse que escalar o Everest”. Dilma participou do programaMais Você, da apresentadora Ana Maria Braga, gravado na última segunda-feira (28) e que foi ao ar hoje.
Durante o encontro, a presidente preparou uma receita de omelete presidencial e, desta vez, acertou na preparação do prato. No ano passado, ao participar do programa SuperPop, apresentado por Luciana Gimenez, Dilma também foi para a cozinha, mas a omelete acabou virando ovos mexidos porque, distraída, ela esqueceu de untar a frigideira.
Em clima descontraído, a presidente conversou também sobre a emoção que sentiu durante a posse, no dia 1º de janeiro. Classificou como "turbulenta" a sensação que teve ao receber a faixa presidencial de Lula.
- É um momento muito especial. Por baixo daquela faixa tão levinha existe todo o peso e a responsabilidade de um país.
Dilma contou ainda sobre a trajetória de sua candidatura desde quando era ministra-chefe da Casa Civil. Disse que no início "não dava muita importância" quando Lula a apresentava como sua candidata, mas que depois seu nome foi evoluindo "naturalmente" como concorrente ao pleito.
Sobre seu padrinho político, Dilma afirmou que Lula é uma pessoa muito doce e com senso de humor, mas também "muito exigente como todo presidente deve ser".
Ela falou ainda sobre sua família. Disse que o pai foi uma das grandes inspirações para sua carreira e militância política. Dessa influência, contou Dilma, nasceu sua paixão por livros. Sobre sua mãe, Dilma se referiu a ela como uma pessoa "sempre solidária" aos problemas que enfrentou, como, por exemplo, o período que passou na prisão durante a ditadura militar.
Dilma falou ainda sobre o câncer, defendeu o uso do termo "presidenta", "para enfatizar que a agora existe uma mulher no mais alto cargo do país", e tentou amenizar sua imagem de "durona".
- É interessante como esperam de nós, mulheres, uma certa fragilidade. Isso decorre do fato de que a mulher, quando assume um alto cargo, é vista fora do seu papel. Acho que, a partir de agora, isso vai começar a ser encarado como uma coisa normal e natural.